Objetivo geral
Definir,
de forma satisfatória, todos os direcionamentos técnicos e conceituais para o manejo,
conservação e gestão integrada do patrimônio cultural e ambiental – Plano de
Gestão, Manejo e Conservação Integrada – através da realização de estudos
especializados nas áreas de meio ambiente, patrimônio cultural, arqueológico e
paleontológico, planejamento, acessibilidade e sensibilização.
Propor
a gestão participativa do Parque “Floresta Fóssil do Rio Poti” através do
manejo integrado das unidades de conservação envolvidas e sua unificação (caso
cabível), de forma a contemplar recursos amortizadores na zona de entorno do
patrimônio tombado desde os limites dos Parques Ilhotas e Noivos, em ambas as
margens do rio Poti, até a ponte Wall Ferraz. E estratégias para conservação do
patrimônio paleontológico e arqueológico e manejo integrado das unidades de
conservação envolvidas neste projeto, contemplando também recursos
amortizadores na área de entorno do patrimônio tombado em seus limites.
Fotos: Mateus Cairo
Justificativa
A
elaboração de Plano de Gestão, Manejo e Conservação Integrados da área
de tombamento “Floresta Fóssil do Rio Poti” que corresponde aos parques
Ilhotas, Floresta Fóssil e Noivos e seu entorno, que se estende desde os
limites dos Parques Ilhotas e Noivos, em ambas as margens do rio, até a Ponte
Wall Ferraz, constitui-se uma ação imprescindível ao manejo, proteção e
conservação do bem tombado pela União “Floresta Fóssil do Rio Poty” e de
preservação da paisagem em que está inserido, com a criação de estruturas que
facilitem a acessibilidade tanto de visitantes e do turista, como de
pesquisadores, alem de sua conservação.
A
Floresta Fóssil do rio Poti é um sítio de imensurável valor paleontológico,
ecológico e científico. Constitui fonte de pesquisa para estudiosos brasileiros
e estrangeiros. Entretanto, os troncos fossilizados que resistiram milhões de
anos hoje se encontram permanentemente ameaçados devido a sua localização no
centro da malha urbana de Teresina, em uma das regiões mais valorizadas da
cidade, onde existe pressão por urbanização das áreas limítrofes, cujos
projetos são propostos sem levar em consideração as exigências de preservação
do sítio e seu entorno, pela utilização inadequada da área protegida e ações
dos fatores climatológicos.
Além
da ação antrópica de exploração dos troncos como suvenir, chama atenção o vandalismo
ao qual a área esta exposta, devido ausência de infraestrutura de proteção e gestão
eficaz. Sendo utilizado como local de deposito de lixo e esgoto, acampamento de
pesca, zona de prostituição, campo de futebol, entre outros, que inclui o
desmatamento continuo da mata ciliar nativa que expõe os fosseis, em especial
enchentes, que têm sido responsáveis pela degradação e deslocamentos de muitos
exemplares.
Quanto
as suas características o sítio paleontológico da Floresta Fóssil é formado por
troncos fossilizados ao longo do leito do Rio Poti numa área de cerca de 8960
m2. Constatou se a existência de troncos fossilizados não só na margem direita,
dentro do Parque Municipal da Floresta Fóssil, e na margem esquerda, dentro do
Parque Ambiental da Ilhotas, com também no leito do rio Poti.
Fotos: Mateus Cairo
Resultados esperados
Documento
técnico contendo proposta de requalificação, conservação, manejo e gestão integrada
do patrimônio tombado “Floresta Fóssil do Rio Poti” que corresponde aos parques
Ilhotas, Floresta Fóssil e Noivos e da área entorno que se estende desde os
limites dos Parques Ilhotas e Noivos, em ambas as margens do rio, até a Ponte
Wall Ferraz através do Plano de Gestão, Manejo e Conservação
Integrados elaborado para toda a área de influência do patrimônio tombado
pelo IPHAN. Além de sua preservação a maior acessibilidade, utilização e
integração à dinâmica urbana.
Fotos: Mateus Cairo
O
perímetro de tombamento corresponde a um polígono único tendo como pontos de
referência, eixos de ruas e pontos georreferenciados conforme descrição a
seguir:
Tendo
como partida o ponto de intersecção das projeções das ruas Miguel Arcoverde e
Adolfo Alencar, no bairro dos Noivos, segue-se pela Avenida Raul Lopes por 885
metros na direção noroeste, até a cerca de delimitação entre o Parque Municipal
da Floresta Fóssil e o Parque da Potycabana (ponto 4 - UTM 23M E 745085,998 N
9437305,763 - datum WGS 1984). Parte-se deste ponto em direção à margem direita
(à jusante) do rio até à margem esquerda (ponto 5 - UTM 23M E 745027,612 N
9437056,336), prolongando-se até encontrar a Avenida Marechal
Castelo
Branco, perfazendo 284 metros. Segue-se margeando esta avenida na direção sudeste,
incluindo seu prolongamento, que passa frente à entrada do Parque Ambiental da
Ilhotas (ponto 7 - UTM 23M E 745256,738 N 9436896,478), e vai até à rua (sem nome)
que passa entre as Quadras H e I do Conjunto Murilo Resende do Bairro Ilhotas (ponto
8 - UTM 23M E 745429,571 N 9436732,471), em um total de 513 metros.
Deste ponto,
retorna-se ao ponto inicial do cruzamento das projeções das ruas Miguel Arcoverde
e Adolfo Alencar, fechando-se o perímetro. (Doc. Tec. IPHAN/2006)

Fotos: Mateus Cairo